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quarta-feira, 16 de maio de 2012
Ideias para um novo ouro!!!!!!!!
Precedida de um conhecimento científico que se desenvolvia desde 1736, a descoberta da vulcanização da borracha nos Estados Unidos e Inglaterra, cerca de um século após, criara novas oportunidades para a combalida economia da Amazônia.
A procura externa do produto foi um fator para suscitar uma atmosfera propicia para os negócios regionais, justificando a importação de tecnologia então moderna. A oferta regional, de início limitada a artigos rudimentares de borracha, expandiu-se até 1875, fazendo forte apelo a uma organização produtiva escravista, da qual o índio foi primeiro e principal sustentáculo.
No entanto, a nova atividade necessitava de muitos braços o que gerou grande mobilidade intra-setorial e espacial da população ativa. De 1825 a 1850, a produção comercial de borracha restringia-se principalmente a Belém e às ilhas, mas logo se expandira até o Xingu e o Tapajós, no Pará.
Entre 1850 e 1870, as imigrações transpõe a fronteira do Amazonas e se dirigem aos seringais dos rios Madeira e Purus. É nesse período que a população da Província do Amazonas começa a ter expressão maior. Ao aproximar-se o fim da década de setenta, o problema da escassez de mão-de-obra assumiu feição mais grave. A borracha destronara o cacau.
Desta forma, em meados do século XIX, a economia tradicional, baseada nas “drogas do sertão” privilegiou uma delas, a borracha. Com efeito, à época, a Amazônia era o único fornecedor mundial da borracha; em conseqüência, ela se beneficiou do aumento da demanda estrangeira. A partir de 1857, a borracha tornou-se o produto mais exportado (mais de 30% do total). Seis anos depois, já ultrapassava com mais de 43% das exportações.
O aumento da produção foi cada vez mais rápido e se estendeu do Pará ao resto da Amazônia, a partir de 1890. A partir dos anos 80, o Pará, primeiro, a Amazônia toda, em seguida, entram no período de auge da produção da borracha, crescendo até a década de 1900-1910. A produção passa de 8.500 ton., em 1880, para mais de 40.000 ton., em 1910.
Havia um aspecto original e único, também: uma grande industria, a industria automobilística, começou a se desenvolver a partir de um produto (látex) extraído da mata amazônica, graças ao trabalho manual do seringueiro, seguindo a experiência dos índios.
O seringueiro era (e é) um homem que trabalha na mata, vivendo da extração do látex da seringa (ou seringueira) trabalhando diariamente na “estrada”, usando como principais instrumentos o facão do mato ou machadinha, o terçado, a tigelinha e um balde (para até 6 ou 10 litros de látex).
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